Não ficou claro qual foi o alvo do ataque, embora as autoridades líbias afirmem que era o próprio Muammar Gaddafi, que fazia um pronunciamento ao vivo à TV no momento.
'Eles talvez quisessem atingir a televisão. Este prédio não é militar, não governamental', disse Mohammed al-Mahdi, chefe do conselho sociedades civis, que licencia e fiscaliza os grupos civis na Líbia.
O míssil destruiu completamente um escritório adjacente no complexo que abriga a comissão do governo para crianças.
A força da explosão arrancou as janelas e portas da escola financiada por pais para crianças com síndrome de Down, e os funcionários disseram que ela danificou um orfanato no andar de cima.
'Eu me senti realmente triste. Fiquei pensando, o que vamos fazer com essas crianças?', disse Ismail Seddigh, que montou a escola há 17 anos depois que sua filha nasceu com síndrome de Down.
'Este não é o lugar que deixamos, na tarde de quinta-feira.'
Não havia nenhuma criança na escola quando os mísseis atingiram na manhã de sábado, já que o fim de semana começou na sexta-feira na Líbia. As crianças deveriam vir à escola no sábado de manhã.
O governo líbio tem dito repetidamente que os ataques aéreos da OTAN têm deixado civis mortos e feridos, mas não respondeu a pedidos de jornalistas para visitar os hospitais, o que torna difícil verificar os números de vítimas.
A OTAN atingiu dentro ou próximo de áreas militares de Gaddafi anteriormente. A visita à escola no sábado, organizada pelo governo, foi a primeira a permitir jornalistas - vigiados de perto pelo governo - em um área de civis.
A escola Seddigh atende crianças com síndrome de Down de até 6 anos de idade em preparação para escolas comuns, oferecendo terapia da fala, artesanato e esportes além da alfabetização. A escola atende 50 a 60 crianças por dia.